terça-feira, 29 de abril de 2008

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

POETA?




Poeta?
Apenas gente.
Que sente
Fica carente
Ama incondicionalmente
Na escuridão encontra estrela cadente
decadente
mas não menos brilhante
que o sol que anunciou a manhã
Gente que diz da dor latente
do pranto escancarado
do sorriso motivado
por um sonho que acaba de nascer
Poeta?
Apenas gente
que presta atenção no vento
que sente da flor o perfume
mesmo que de suas pétalas cansadas
o tempo já tenha roubado a cor
Poeta?
Apenas gente.
Que coloca na vitrine a alma
sem pudor
sem medo
Com a calma
de quem acredita que
que a verdade é soberana
e adora se expor
Escrevente dos absurdos
Escrevente das vivências passadas
Escrevente dos sonhos sonhados, ainda não realizados
que esperam na fila do “ à acontecer”!
Poeta?
Apenas gente
Que gosta de si
que gosta de gente
Que vê beleza em cada evento
que a natureza faz acontecer
Que enxerga a dor,
sente e não se conforma
Que tem mania de agora
mas viaja por lugares distantes
desconhecidos
de tempo indefinido
E acredita que a paisagem que surge de surpresa
é familiar, conhecida
e já fez parte de capítulos há muito tempo escritos
em algum lugar esquecidos
que falam do seu viver.
Poeta?
Apenas gente
Que faz da dor esperança
que faz da fé certezas
que faz do sorriso crença
de quem agradece por viver...
Poeta ?
Apenas gente
que sobrevive da paixão que alimenta as entranhas
que quer colo
que dá carinho
que vive cercado de coisas pequenas
que se agigantam ou simplesmente somem...
Por serem apenas questão de querer!...


24/03/0708:51:10

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Faz de conta...



... que parou o tempo

... que secaram as lágrimas

... que sorri de novo

... que estou em seus braços

... que ainda me beija

... que a distância é sonho

... que não me esqueceu

... que o amor existe

... já não sou tão triste

... não me disse adeus.

Terê 1999

sábado, 12 de maio de 2007

Depois da perda

Folha em branco
Tela sem ao menos um suspiro!
Roubaram o silêncio da noite
Roubaram a calma inquieta do amanhecer
Pedaço de vida roubado
Vazio eterno que se abriu
Sonhos que agora se foram para sempre
Sorrisos que se apagaram
Junto com o dourado quente do sol
o prateado encantador das estrelas
e a ausência triste da lua.
Amores que pareciam eternos!
Falou a voz fria da razão
E um pedaço de vida criou vida própria e fugiu
Folha em branco
Tela sem suspiros
Lágrimas que se afogaram no mar
onde foram mergulhar
Por acreditarem na existência de porto seguro...
Amores riscados
Rasgados
Amassados.
Impossível reviver toda a emoção
de um pedaço de vida roubado!
Sangra, ferido de morte o coração.
Quer saber de todos os seus amores
Das duvidas e das certezas
que registraram tantas frases cheias de vida
Foram cenário e se fizeram roteiro
Foram sonhos apenas sonhados
Outros tantos vividos à bordo da imaginação!....
Folha em branco
Tela sem ao menos um suspiro
Mas o palpitar do corpo e da alma continua quente
Cheio de recordações de desejos vivenciados
E outros tantos...
A espera de que com a ajuda do tempo
ou quem sabe da invencível fantasia,
caiam nos braços do invisível
que para muitos será sempre incompreensível!...
Realidade que preenche o vazio
Leva ao delírio transcendental
E sobrevive
Com gostinho gostoso de real.